segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Em se tratando de maternidade não existem fórmulas mágicas

Inicio de aulas, período de adaptação e lá estou eu passando as primeiras tardes na escola e acompanhando tudo (de longe, claro, mas lá). Pra completar pra mim foram duas novidades uma pra Mel que foi escola e horário novos e pra Caio escola pela primeira vez. 
As tardes são movidas a muitas conversas com outras mães, que assim como eu, estão na mesma angustia e alegria. Como as conversas só giram em torno dos filhos me lembrei de um tema bem interessante pra colocar aqui e que comentamos muito que é a questão das informações dos livros, principalmente para as mães de primeira viagem.
Quando engravidei pela primeira vez, devorei um monte de livros, sobre alimentação, sono, educação e muito mais. Li ótimos livros que me ajudaram bastante e outros que não acrescentaram muito, mas hoje tenho convicção que nem todas as respostas pra nossas perguntas estão neles. Eles são muito importantes para nortear a mamães sob muitos aspectos mas o fato é que em se tratando de crianças não dá pra generalizar, cada uma tem suas peculiaridades.
As vezes é bem difícil entender porque o filho da sua amiga dorme a noite inteira quando o seu em quem você "aplica" todas as regrinhas do nana neném (só pra citar um exemplo de livro, que eu por sinal, não curto muito a metodologia e já tem mães que amam.)  não dorme bem.
Porque suas amigas amamentaram exclusivo até 6 meses e você no primeiro já não consegue mais? Porque mesmo tentando e fazendo uso de todos os artifícios seu filho não come bem em nenhuma refeição? e a vontade coletiva de ter filhos educados. Pra mim a resposta sempre vai ser: as crianças são diferentes e ponto. E a pior coisa que a mãe deve fazer e se comparar a outras mães, pois devem lembrar sempre que fazem o que acham melhor para seus filhos, e fazem da melhor maneira que conseguem.
Li uma reportagem do educador Marcelo Cunha Bueno que achei fantástica, até pra desmistificar  um pouco essa questão de comparação que tanto existe hoje entre as mães. 
Sobre a pergunta "será que estou educando certo?" Ele responde:" infelizmente a resposta não é das mais animadoras. Com anos de experiência sobre o tema, Marcelo é assertivo: não existe uma formula certa. "Eu posso até falar aos pais o que eles não devem fazer, mas afirmar o que fazer na hora da educação dos filhos seria injusto. Cada caso é um caso. Não podemos generalizar." Para o educador o caminho a seguir é o da coerência.
Ele explica que a visão do mundo pela criança é absolutamente diferente da nossa, a começar pelo fato de que elas querem tudo para já. "Quando eles batem o pé repetidamente pedindo algo eles estão sendo crianças na sua essência, então os pais devem intervir e mostrar que eles não podem ter tudo. A tarefa não é fácil e para ajudar os pais a driblar essa necessidade da criança e mostrar para elas quais são as regras, Marcelo dá a dica dos cinco pontos que devem ser ensinados: 
Planejar
Antecipar 
Compartilhar suas emoções e sentimentos 
Fazer uma rotina e
Questionar
"Educar é uma tarefa muito solitária, porque não tem uma forma nem algo que funcione da mesma forma com várias pessoas, mas é importante. Se os pais não se ocuparem dessa tarefa, mais tarde a sociedade o fará, e isso será bem mais custoso".
Achei algo super válido de compartilhar aqui porque fico meio duvidosa quando leio algum livro que manda a mãe seguir regras rígidas e prometem resultados milagrosos. Não sou contra os livros, jamais seria porque adoro (e tenho muitos) só não gosto da forma generalizada e radical que alguns tratam determinados assuntos.
E vocês, o que acham?


Nenhum comentário:

Postar um comentário